domingo, 30 de novembro de 2008

A porta ainda está aberta

Nesses últimos dias fui visitada por sensações estranhas.

Essas me fizeram passear por aqueles lugares. Toda vez que volto lá, me pergunto o que houve? Me indago sobre o porque de voltar ali? E fico me vendo recolher os pedacinhos do que foi bom, sobrepondo-os na pilha do que foi ruim.

Gostaria de não voltar mais lá. É dolorido. Mas é como se uma força magnética me puxasse e me deixasse completamente sem alternativa. E eu vou. Saio de mim, e mergulho de cabeça nessa viagem.

Quando volto de lá, meu coração tá sempre menor. Minhas alegrias, rachadas.

Mais que coisa. Queria deixar isso tudo pra lá. Viver a vida em eterna constância. Queria ficar longe. Queria fechar a porta.

Queria acender as luzes aqui dentro, queria que a escuridão fosse embora, e que o sorriso de canto de boca voltasse.

Eu me empenho tanto. Faço tanto esforço. Mas é só fechar os olhos e perceber que pra findar com isso tudo, só findando comigo mesma.

O que é mais estranho nisso tudo é que fico me perguntando: será que sempre se passo por tudo isso só? Sinto uma curiosidade extrema. Acho que me massageiaria o ego saber que não sou a única a me envolver num roteiro estúpido de viagem ao pretérito.

Mas não vou saber disso. Mas suponho sim a resposta: eu vou só. É, sempre só.

Essa é só a parte triste. Tem as partes alegres também, mas agora não quero falar delas.

Não quero nada mais.

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