domingo, 29 de junho de 2008

Outra noite

É noite aqui.
Há luzes por todos os lados, e eu estou com vontade de escrever, quero que essa postagem não tenha um tom tristonho. As luzes estão bonitas.
O final de semana está no fim.
Nada de muito eufórico ou exaustivo ocorreu. Muitos pensamentos, em algumas horas até um tanto chatinhos, mas nada que doesse demais.
Ando vivendo uma seqüência de emoções, tudo me familiarizando a minha vida nova. E por falar em vida nova, faltam 23 dias pro meu aniversário. É o 2º aniversário desde que eu fiz esse blog.
É, o tempo passa. Uma rotina de dias e noites, escuros e claros, tristezas e alegrias.
Sou muito dual.
Na verdade, é porque sempre tenho mais de um alternativa pra uma questão, e daí, posso tomar caminhos diversos, e em algumas vezes, devido a variedade de opções, me perco. Em algumas outras, me torno uma grandiosidade de compreensão.
Outra dualidade cruel: poder ser tudo e ao mesmo tempo, ser nada, pelo simples fato de não se reconhecer em nenhuma especificidade. ser ímpar e não encontrar pares.
Mas essa noite tá bonita.
Cheia de luzes.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Que semana


Faz um tempo já que queria escrever. Mas por diversas vezes desisti. Ora por falta de me encontrar com as palavaras corretas, ora por sentir uma pontinha de vergonha dos motivos que me traziam aqui.

Mas agora preciso mesmo escrever. Preciso narrar essa ausência de sentimentos grandiosos e dizer da pouca coisa que sinto. Falar sobre o como as frustrações dessa vida me cansam.

Nessa semana fui atinginda em cheio por vezes seguidas. Isso com minha permissão, é claro. Por que não há nada que ocorra comigo que não tenha minha permissão. Só queria me recordar em que momento eu permito, em qual parte eu me confundo, ou me perco, ou me transporto pra outra realidade e dou essa maldita permissão.

Mas cansei. Ao menos percebi mais rápido dessa vez. Na tentativa de ser um poço de compreensão, de ser digna e maleável, abro mão de espaços e pormenores que de fato me são muito caros.

Que isso não se repita mais. Que os meus limites também sejam limites.

É, não sei muita coisa sobre mim. Que grande confusão. E eu só estava tentando ter um sonho novo. Só me pareceu viável. Mas tenho que me ater a um detalhe primordial: sonhos são frívolos, curtos e sem uma lógica segura. Os sonhos só dizem respeito ao mundo do impossível, do impensado, do idiota.

Ao me deitar ontem a noite, pensei: "ah! deixa isso tudo pra lá, no fim, nada importa, logo os sentidos se perdem e não vai haver motivos pra nenhuma agonia, outras coisas que a princípio pareciam e eram bem maiores, viraram um nada. Um nada porque não há quem se importe."

Tomara que toda essa estratégia dê certo.

domingo, 15 de junho de 2008

É domingo. Pé de cachimbo.... rsss

Tô sem o que escrever. As sensações estão repetidas. E pior, as palavras também.

Então me vem a cabeça coisas soltas, como a trova pueril acima, e outras tantas ingênuidades que tornam a vida leve e compensam de alguma maneira as asperezas do devir.

Que as diferenças nos permitem reconhecer as singularidades é sabido, agora, o como cada reconhecimento é feito é que surpreende no momento que você se depara com elas.

Hoje, por conta de uma série de variáveis, estou me sentindo sem dores, mas sem amores. Contemplativa, mas sem utopias. Sozinha, mas segura.

Acho que esse é o caminho do meio.

Meio sem graça, meio sem jeito, meio sem ânimo, meio sem vida, meio sem fim.

Mas também e o caminho com o meio da graça, com o meio do jeito, com um meio de ânimo. com um meio de vida, com um meio de fim.

Palavras.... sentidos.

Hoje não tenho muito o que escrever...

Vou ir ali....

sábado, 14 de junho de 2008

Que coisa!!!

...Escrevendo só pra aliviar um pouco. não importa do que, só importa que é aqui e com as palavras que posso desviar um tanto dessa pressão.

Porque esse tanto de coisas que deveriam não interferir na minha vidinha sem graça, intereferem e me solapam, me dão de cara com a parede da necessidade, da vontade....

Só hoje, pequenas conversas e não-conversas me incutiram uma dorzinha que agora me atrapalha dormir. É coisa pouca, coisas que se eu estivesse no meu período fértil não passariam de bobagens ao vento.

Agora no entanto, e portanto, tô precisando aliviar essa pressão.

Vou pra cama....

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Quiçá?

Me convenço a cada dia mais que tudo que é personificação de anseios coletivos, a mim não hão de funcionar.

Alcançar expectativas, só as minhas, já é algo sem êxito até o presente momento. Um invólucro de mim pra mim.... me perco, me confundo, já não sei mais o que é real ou ficção.

Não reconheço mais o que se é, ou que se deve ser.

Me presto as mais sérias diatribes ao meu respeito. E agora?

Só confusão.
Um emaranhado de referências se imprimiem, no sentido literal, de gravar por meio de pressão ao meu complexo joguinho de ser ou não ser.

Me dissipo.... Ação tão solitária, que só o "me" aparece por aqui.

dou cabo de outros tantos, extravio um pá de desilusões, desgraço alguns sonhos e corrompo alguns pesadelos. Desnorteada e sozinha, a ponto de desaparecer.

Enfim, a perdição que ronda as balizas da minha alma e fazem fluir meu espírito, tornando- o cada vez maior, porque só assim pra dá conta.

Alguma coisa, em algum lugar ainda deve fazer isso por aqui valer a pena.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Teve um tanto de acontecimento de ontem pra hj.

Eu pensei que fossem piores, mas só dá pra medir com as conseqüências, e até agora, tá tudo muito calmo.

Eu tô muito calma. Tô aprendendo a cada dia mais resolver as coisas comigo mesma. Tô me tornando uma grande ilha.

Isso não é ruim. Eu posso ser uma ilha, por que faço parte de um grande arquipélogo, e quando vejo q não vou suportar ali sozinha, uso uma ponte móvel que me liga ora ao continente, ora a outra ilhota.

É bom ter escolha.

É bom ser eu, é bom tá aqui.

Mesmo que as vezes as dores me façam sufocar e perder a luz aos olhos, eu consigo apoio.

Ontem descobri que mais que ancorar, eu sou um porto.

A tempestade foi menor do que eu esperava.