segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Eita nós!

Sabe como é.... tem coisas que não tem mesmo jeito de explicar....

Você e eu é algo assim, sem explicação, não é mesmo?

Quando do aniversário de enterro, pipocam notas de felicitações. É assim. Meio perdido, meio morto, meio vivo, meio inesperado.

Um momento, alguns isntantes, e diversas possibilidades a se pensar. Pensar? acho que com você me acostumei a sentir.... pensá-lo é ralmente evento de pós-enterro.

Mas seja por onde for, estamos aqui, eu e você, nos tocando, sendo em algum fragmento, "nós".

Confortante... sei que é pra nós dois. Sabemos muito um do outro. Sabemos tanto, que quando soubemos das nossas feiúras, não havia por onde esconder, já era claro pra todo mundo.

Mas hoje não vi nenhuma feiúra. Só vi a parte que muitas vezes eu grito que está morta e enterrada, mas que ao ver na rua, na chuva ou na fazenda, não me espanto com uma assombração.

Isso deve ser amor. O tal amor que é pra sempre. Que independe do contato, que perdoa, que dói, que machuca, mas sara e eterniza a sensação de ser finalmente um ser humano com uma vida que vale a pena ser vivida.

Quando estiver lendo isso aqui, não pense que é uma declaração de amor a você, por quê na verdade é um manifesto de constatação. É meu vomitar de bem-querer. É o amadurecimento do maior e melhor sentimento que já experimentei na minha paca vida: o amor por você. Te amar e ser livre. Como sempre fui. Uma liberdade que hoje é muito bem usada, e que tenho certeza que jamais te magoará de novo.

E das minha magoas, das minhas dores, das minhas saudades, cuido eu.

Muito sem jeito de entender tudo isso. Muito difícil não querer parecer fraca ou vulnerável diante desse sentimento pensado que recai totalmente por você, por que eu não sou fraca mesmo, sou a pessoa mais forte que existe! Venci uma dor imensa: a minha dor de amor. Mas mesmo assim, agora quero pensar nessa profusão de eventos que se dá por mim.. e mais, que se dá por você.

É um prazer te amar, e um enorme prazer ser amanda por você.

Mas não se iluda, isso não é uma declaração de amor, é APENAS um manifesto de constatação.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Discussão Legal

O pensamento deve ser um ente federado dentro da gente. Tem uma autônomia espantosa!!! Se remexe todo e atinge a esferas que não o pertence por direito natural.

O meu ao menos é assim. Deve ter algum problema de gerência, de fiscalização, sei lá.

Por conta dele e por conta das suas andanças me vi arrebatada por um monte de frescurites, ações e reações que ai! Não gosto nem de lembrar! Ficar de firula com essas idéias sem pé nem cabeça, não dá certo! Ainda mais quando se é imediatista, urgencial e muito faminta. As idéias não conta desse prazo.

Pois é, o compromisso de podar o pensamento já está assumido a algum tempo, mas as vezes o tempo parece que não foi, e daí os acordos ficam em suspense, e pior, sem validade. E o esperto pensamento se vale das brechas legais para saracutiar livremente por lugares perigosos, ofensivos, melindrosos.

Se ele só fosse por lá sem gerar nenhuma desordem, eu até toleraria. Mas isso é que de fato nunca acontece!!!!!! Ele desarruma tudo!!! Tira do lugar tudo que estava tão determidado, e uma vez bagunçado, impossível voltar tudo para o lugar de origem, não cabe mais, não há mais condições de outrora!!!!

Ai! Se eu te pego pensamento!!!!! Eu acabo com você!!!! Me deixa em paz! Me deixa quieta aqui na previsibilidade, no caminho sem curva, sem ultrapassagem, sem emoção.

Me deixa arrumar enfim as coisas na minha cabeça. Me deixa achar que tudo só tem uma maneira, que tudo só tem no máximo dois lados, que a vida é assim mesmo, que a tristeza pode ser uma boa amiga, que as horas vão sempre passar no mesmo tic-tac, que nada poderá me machucar outra vez.

Eu não estou pedindo muito. Só estou reivindicando meu direito a inércia, a alienação, a cegueira e a estupidez. Será que eu posso?? Será que eu tenho esse direito?? Em qual instância eu tenho que brigar para ser enfim atendida??

domingo, 21 de setembro de 2008

Meu pensamento anda por você

Se pudesse tomar decisões por mim e por você, provavelmente me tomaria para você e te tomaria só pra mim.
Mas eu não posso fazer isso. E nem as minhas próprias decisões eu consigo tomar. Não quero te querer sem possuir-te. Mas pensando bem, já possuo algo. Mas o "algo" é nada perto do que me decidiria por você.
Já aprendi a racionalizar meus sentimentos, a não prolongar sensações que são obras de momentos estanques. Já aprendi que certas coisas são válidas só pelo fato de experienciar mais um sabor apenas.
Fiz isso com você. Estou certa que sim. O que me faz gritar socorro às palavras é o prenuncio (meio incerto) de que justamente pra você, o momento prolongou-se. Não quero ter espaços pra ondas de rubor, dor e calor em mim. Não te autorizo!
Nada de suspense, de frio na barriga, de mãos suando, de olhar perdido e de sorrisos de canto de boca! NÃO QUERO!
Perdi a coragem pueril e incontestável. Só quero a paz de permancer inerte a dor de amar. Não dou conta de amar você, preciso antes, primeiro, ser amada. E mais! Que as evidências estrapolem qualquer razão mínima. Que tudo seja óbvio.
Muito medo porquê pra mim é muito improvavel.
Até aqui já foi válido, bonito, terno, prazeroso e muito intenso.
Sem expectativas, a covardia não me permite. Preciso fazer uma prece à deusa da Loucura de Erasmo de Roterdã, quem sabe ela não me deixa me lançar de novo nesse abismo e se tudo der errado na minha descida, os efeitos serão docilmente embalsamados por Ela.
O sono já veio. Vou ir até a cama me encontrar com você, meu sonho de consumo.
hummmmmm

sábado, 13 de setembro de 2008

Tarde quente!

Meus olhos estão pesados, meu corpo meio dolorido, meu coração meio parado e
meu cérebro entediado.
E está um calor tão grande.
Barulhos que desfazem a paz que eu precisava.
Transtornos que me cansam.
Esse sábado não promete muito. Eu não prometo nada.
Se bem, que eu tenho a vantagem de ser mulher e ser proprietária de um humor muito oscilante, e daí, pode tudo se transformar daqui a pouco, ou não...
Deixa o tempo passar.

domingo, 7 de setembro de 2008

Só pensando um pouco

Eu estava lendo por aqui nos caminhos da net, que a música é a expressão de uma alma. É, se existe algo que faz a humanidade valer a pena, é mesmo a arte.

É com ela que as nossas feiúras encontram a roupagem adequada para encontrar-se com as feiúras alheias e ter então uma legião de fãs.

Nos dias passados meus olhos voltaram-se para o tempo ido, para o que foi e que as vezes, por algum motivo torpe, ou por alguma fagulha de fogo no meio ao terreno seco, encontra espaço para atordoalhos em mim. Isso não é necessariamente ruim, porque o passado é meu, as experiências são minhas e eu faço delas o que eu bem entender.

O ruim, é quando elas fazem de mim o que bem entendem. Mas eu já deixei claro quem está no comando, até porque, esse passado recente, se torna cada vez mais nebuloso e distinto, presente muito provavelmente só em mim, e daí, nem a arte lhe fornece figurino apropriado, por que não se sabe se haverá algum encontro.

É domingo de manhã bem cedo, dia 7 de setembro de 2008, já estou acordada a algum tempo, já comi, já li um tanto de coisas sobre a história do Goiás, já olhei o passado, mas agora, o presente me aguarda. Vou ir a ele, e fazer dele um aliado, um par, orquestrá-lo, para que assim que ele se tornar o meu novo passado, ser digno de memória e saudades.

Quando eu era criança, os domingos na minha vó eram uma farra, pelo simples fato de ser domingo. Por ser o dia onde uma multidão de gente que se amava e se admirava, se unia ao redor de uma mesa, ao redor de uma mãe. Hoje essa freqüência se desfez, mas a dimiração, o amor e a mãe, permanecem todos no mesmo local. E pensando nisso, o passado volta a valer a pena. Eu volto a ter bases que me deixam segura e que nada e nem ninguém podem abalar, diferente das bases que eu construi por opção, que essas sim, foram lançadas a abaixo por decisão de um só.

Mas isso também não é o fim, é na verdade o começo, meio forçado, mas um começo glorioso, de algo completamente novo, de uma pessoa que da contradição encontra possibilidades diversas, e o que é melhor, se permite trafegar por todas elas. Indo por onde eu nunca pensei ir, e que agora, no presente, nem me imagino voltando atrás.

De repente eu tenho que agradecer ao acaso da vida por ter me lançado fora da vida presível e ter me rachado o coração, isso me fez me descobrir nova, e mais corajosa, mais forte, mais humana, mais mulher. E as pessoas que surgiram nessas lacunas?? tantas!! De tão variados modos e rostos, gostos e labores, cada uma me dando motivos pra seguir adiante.

Não dá pra ficar bem o tempo todo, e nem dá pra ficar o mal o tempo todo também! O tempo é dono da minha vida e eu como pertence dele, me curvo a sua solidez e me dedico a fazer dele a melhor rotina que eu posso percorrer. Que da arte eu ainda possa me valer muitas vezes, porque viajar mal vestida, ninguém merece!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Trilha sonora

Pra hoje a trilha sonora adequada fica por conta do Leoni e uma composição dele com o Frejat.
Pois bem;
o que a música diz por mim:


50 Receitas


Composição: Leoni, Frejat

Eu respiro tentando
Encher os pulmões de vida
Mas ainda é dificil
Deixar qualquer luz entrar...
Ainda sinto por dentro
Toda dôr dessa ferida
Mas o pior é pensar
Que isso um dia
Vai cicatrizar...
Eu queria manter
Cada corte em carne viva
A minha dôr
Em eterna exposição
E sair nos jornais
E na televisão
Só prá te enlouquecer
Até você me pedir perdão...
Eu já ouvi 50 receitas
Prá te esquecer
Que só me lembram
Que nada vai resolver
Porque tudo
Tudo me traz você
E eu já não tenho
Prá onde correr...
O que me dá raiva
Não é que você fez de errado
Nem seus muitos defeitos
Nem você ter me deixado
Nem seu jeito fútil
De falar da vida alheia
Nem o que eu não vivi
Aprisionado em sua têia...
O que me dá raiva
São as flôres
E os dias de sol
São os seus beijos
E o que eu tinha
Sonhado prá nós...
São seus olhos e mãos
E seu abraço protetor
É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?...
Eu já ouvi 50 receitas
Prá te esquecer
Que só me lembram
Que nada vai resolver
Porque tudo
Tudo me traz você
E eu já não tenho
Prá onde correr...
**************************************************

É que de repente fez uma falta...!

Não sei bem o que desencadeou esse tipo de sentimento, ou melhor, essa convulsão de sentimentos por mim. Acredito que a ligação com a música, a poesia, as energias que se fundem.

Mas uma saudade filha da mãe veio ao meu encontro. Me deixou com ares de contemplação. Contemplando imagens que se formam no meu interior. Imagens que não encontram mais espaço nessa dimensão.

Vejo, reproduzo, multiplico, mas nada preenche. Como é que se abre mão de tudo o que se construiu ao longo de tantos anos? Como que faz pra essas coisas deixarem de ser importantes, referenciais? Como que tudo deixa simplismente de ser?!
Em muitas horas, a mentira que me conto, sobre que tudo é passado me convence, mas acho que dessa vez, preciso de uma mentira nova, essa não tá colando mais. A vida segue a passos largos, a superficialidade de quase tudo se torna mais supercial ainda quando comparada a profundidade de antes.
Dessa vez não tô nem cansada. Em compensação, muito, muito saudosa. Com uma saudade que nem mesmo uma orquestra inteira de baterias poderiam silenciar. No entanto e de repente, uma, apenas uma e, somente essa uma, poderia restaurar toda uma dor cicatrizada.
Tudo estava tão distante. Mas os momentos são sempre uma caixinha de surpresa. E a minha caixinha tá tão vazia.
De verdade, tô com uma saudade da muléstia!!