sábado, 21 de março de 2009

Hora de pensar

Que a vida me assusta, não é nenhuma novidade. a novidade se dá ao passo que a morte também me aflige.



Oras, o que fazer então? Viver em eterna apreensão? Não... pouco, o tédio de fato não resistira a tanta regularidade.



No cotidiano me sinto assolada pela necessidades de provimento, autonomia, atitude, entendimento, maturidade. Não sei, mas acho que esse roteiro de vida predeterminado é muito falho, mas ao mesmo tempo muito coercitivo.



Se ninguém me acusa, acuso-me sem demora. Me lembro então de Foucault, e suas relações de poder. Eu quero o poder! O poder de poder pensar sem me refletir no agora. Mas não dá.



Essa manhã de sábado me mostra que as minhas aflições tem sentido. Que de fato elas são reais na medida que me atigem. Meu mundo é muito particular, mas mesmo assim se baseia pelos pressupostos dos outros. É de lá que se controem minhas vigotas.



Um tanto de coisa minha me envergonha pra mim e para os outros, mas há mais coisas nos outros que me causam vergonha do que acredito que causam neles mesmos. Uma pena, muitas dessas pessoas precisavam de vergonha, de limites, de respeito.



Sei que não sou muito boa, muito perfeitinha, na verdade, dependendo dos conjuntos de perfeição analisadas eu sou a própria aversão, o todo imperfeito.


Mas tá tudo certo. Dependendo de outro conjunto analisado eu sou bem perfeitinha. E é assim mesmo que acontece.


A hora de pensar nisso entra em recesso nesse momento.

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