quinta-feira, 7 de maio de 2009

O sentido da vida?


Ao me por diante de um tema tão relevante me sinto sem reflexões plausíveis, e no entanto, sigo refletindo constantemente, mesmo que eu não queira, e me volto a esse foco e tudo me leva a questioná-lo, a pensá-lo, a tentar entendê-lo.


Muito provavelmente não há um sentido pra vida e sim milhões deles, indo dos mais superficiais aos mais reclusos nos profundos da alma humana. Até porque somos seres múltiplos enquanto nós mesmo e variamos nos sonhos e nos desejos.


É certo que cada um de nós que habita esse planetinha no meio de um universo gigante, que a gente nem sabe se é só um mesmo, e que pensá-lo é algo aterrorizante pelo simples fato de não haver respostas que deem o regalo necessário a nossa dúvida; somos sem medida, um mundo a parte, que nenhum outro indivíduo da especíe humana é capaz de conhecer em suas reais limitações.


Cada um é algo infinito, fluído, variado, inconstante, mutável, líquido. É por isso que sentidos à vida são tão importantes!!!!! É quando descobrimos esses sentidos que nos tormanamos de alguma maneira mais enrijecidos, mais sólidos, mais firmes, mais enraizados. Descobrimos uma zona de conforto, um porto seguro, e bem; quem não quer segurança?!


Mas esse (s) sentido (s) é sem dúvida penoso e conflituoso. Como saber se aquilo de fato lhe dará sentido? A mim parece absurdo que milhões e milhões de pessoas se motivem em direção a pertences e aparências para darem significados aos seus mundos!


Como pode alguém se reconhecer numa marca de roupa? De carro? De maquiagem? De computador? De sapato? ou seja lá do que for? Como assim as pessoas se acimentam em marcas publicitárias???? Que sentido norteador mais desgovernado é esse?


Na verdade esse é o sentido dado pelo nosso estilo capitalista de vida, onde quem tem mais supõem-se mais. E são justamente essas pessoas que tem que se tornam referencial pro indinvíduo da classe média, que sofre por tentar não ser pobre e para ser rico, numa corda bamba mensal; e que também move o pobre da favela, que não entende por que o outro tem e ele não?! E pra alcançar o seu sentido de vida, que está ali naquele produto caro, rouba, mata, trafica....


Não estou ligando a pobreza à violência e sim a violência à busca desenfreada pelo poder de aquisição de bens que deem algum sentido a vida de milhões de pessoas vazias. Para o pobre que nada tem é a chance de ter algo; para o que tem algo, é a chance rápida de se inserir no ról dos que tem muito; e para o que tudo tem é o mecanismo para ter tudo aquilo que o outro jamais vai conseguir ter.


Precisamos refletir em que tipo de mundo somos nós, e que tipo de megamundo formamos ao nos unirmos em sociedade. É essa sociedade, de sentidos corrompidos que queremos? Não é possível que todos deem as costas a algo tão importante, a algo tão decisivo: a decisão sobre o qual o sentido da sua vida!


Tomemos a rédia dos nossas ações, pensemos sobre elas!! Que o consumo não seja a salvação de nós mesmos, perdidos na imensidaão de nosso universo vazio. Que possamos preenche-lo de outros sentidos, pela simples necessidade da sobrevivência, por que dói muito ser vazio, acredite!!! Eu sei! Eu já estive vazia, e dói absurdamente!


Qual sentido afinal? Isso eu não sei, mas sei quais os sentidos não são: não são os voltados para o consumo que me garantam alguma aparência recheada de um forjado status quo. Me rendo aos encantos da amizade, da liberdadee, do respeito a mim e ao outro, à família, às lutas sociais, aos prazeres da arte, da carne, do conhecimento e do amor. E daí tanto faz com que roupa eu vou, com que carro eu chego, com que perfume eu me preparo. Tanto faz!!! Esses não são os critérios principais, esses são os adornos da liberdade de cada um se identificar com o que o expressa mais para o grupo.


É isso. Como eu queria que o megamundo mudasse! Queria que os sentidos fossem todos duradouros em contraponto a nossa inconstância, mas ressalto: não quero que todos pensem d amesma forma, eu gosto da diversidade e da divergência, eu só queria que todos pensassem, e nesse exercício deescobrissem o que de fato os deixaria na rota do porto seguro e não a deriva de uma sociedade excludente e egoísta. Só isso.

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