quinta-feira, 2 de abril de 2009

E queima...

A vontade por essas fortes sensações me ardem as células, e elas, conscientes disso, se lançam às chamas sem demora.


Nem a chuva de lá de fora aquebranta a dureza desse calor.


Quando for possível, quero reaver meu vício da paixão ardorosa, vibrante, chamuscante! Ai! Desejo que meu peito queime!


Quero me lançar pra você. Esse você que me desfaz, que me refaz.


Eu estou fazendo minha partee, acredite: eu estou.


Os dias passam e me sinto tão tão tão distante dos queimores da adolescencia e isso me dá vontade.


Mas não há filme pornô que suscite a vontade verdedeira. É alguma coisa mais intensa, que arrasa contigo sem medidas conhecidas.


É fome do outro que não saceia, só cresce e toma conta de por completo de tudo o que existe.


Não há sono, não há leitura, não há palestra, música ou cinema que não te remeta instantaneamente àquela bentida pessoa.


É dessa paixão colorenta que meu coração sente falta. Da jovialidade inconsequente de erguer sem limites num monte de sentimentos fluidos que da mesma meneira que arrebentam na chegada, arrebentam na saída.


Arco com todo o ônus.


Só quero mais uma vez me lançar nessa fogueira e me consumir por completo e de uma vez só.


E por aqui, tudo já queima.

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