quarta-feira, 15 de outubro de 2008

História de Amor

Acabei de ler aqui um livro, O terceiro Travesseiro, de Nelson Luiz de Carvalho, que por ser o retrato de uma história de amor real, tem um final muito 'realístico'. E tomada por uma avalanche de sentimentos dolorosos corri pra cá pra me aliviar disso tudo.

O que corre pela minha cabeça agora, me faz pensar nas milhares de pessoas que sofrem com finais voluntárois ou involutários de relacionamentos afetivos. Eu me propus a criar um blog, justamente por isso, porque precisava de um mecanismo pra me aliviar de tanta dor ao encerrar um longo namoro.
É um sofrimento tão expressivo, que modifica o fluxo da vida. Você se vê lançado ao largo de seus planos, tudo sai da órbita, inclusive você. E aí tem-se que recriar uma lógica inteira pra substituir a que existia e foi findando.
Tarefa muto complexa. As forças se esvaem, tudo fica sem ânimo, sem cor, sem necessidade, sem graça, sem motivo... Por mais que você se policie, se penitencie, se bronqueie, se analise, se encoraje; ainda assim, as coisas simplismente não vão.
Só tendo um rompimento desses na vida pra entender o que é a força de um evento que distrói seus sonhos futuros, te arranca do presente e faz do seu passado uma perca de tempo. Sem noção!!! E isso não é coisa de gente fraca, é coisa de gente que ama, se doa, contrói planos e interage com o cotidiano pensando em sempre ter alguém ao lado.
Mesmo tendo um envolvimento onde as partes têm vidas independentes uma da outra, ainda assim, quando se está num relacionamento importante, seu fim desestabiliza todos os campos de vivência. É como se a cabeça estivesse doendo e nada no resto do corpo respondesse como deveria, mesmo que essas outras partes estivessem em perfeito funcionamento.
Gostaria de ter o pó de pirlimpimpim, pra lançar sobre toda a humanidade, retirar a dor do nosso convívio, e deixá-la só como um referencial distante pra que todos dessem valor a suas alegrias. Mas isso seria muito inresposável. Com o pó de pirlimpimpim deveria fazer com que fossemos capazes de superar nossas decepções, capazes de nos erguermos e principalmente, preenchermos o vazio da alma.
Mas preencher vazios é uma tarefa impossível, porque mesmo os que não passaram por tal situação devem ter seus terrenos baldios pela alma, e flagelando em muito suas vidas.
Não gosto de pensar que tudo tem esse tom de pesar na vida humana, mas a cada dia outro tom soa mais desafinado que nunca.
Eu vou tentando, vou usando o blog pra dá conta de ir adiante e quem sabe alguma hora, um pouco de alegria verdadeira e duradoura não volta morar no meu coração.

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