domingo, 19 de abril de 2009

Memórias

As vezes quando o passado reaparece a imagem está difusa, sem muito foco.

Em outras vezes está feio mesmo.

Mas o que acontece com frequência é que vemos o passado, mesmo que nem tão bonito, através da encantadora moldura da memória, que enche de graça e beleza um tanto de coisas que no máximo eram extremamentes banais.


E é assim, a porta se abre e um turbilão de lembranças preenchem o vazio do presente.

o passado se faz real na medida em que determina as ações do agora.

O meu passado sempre aparece me moldando e me mostrando sua moldura. Até um dia desses o passado que me apetecia era o do tempo quente, eventos de dois anos atrás... Agora o tempo que se apresenta é mais passado ainda. Um tempo que eu vou adorar reestabelcer no presente do meu dia.

Quero atravessar essa porta, quero me encontrar comigo de antigamente. Quero rir o riso que já foi, beijar a boca que me beijou, escrever as letras que já se apagaram, dirigir o destino que mudou.

Sim, eu quero a vida, quero na totalidade do passado, do presente e do futuro.

Isso me seduz.

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