domingo, 7 de setembro de 2008

Só pensando um pouco

Eu estava lendo por aqui nos caminhos da net, que a música é a expressão de uma alma. É, se existe algo que faz a humanidade valer a pena, é mesmo a arte.

É com ela que as nossas feiúras encontram a roupagem adequada para encontrar-se com as feiúras alheias e ter então uma legião de fãs.

Nos dias passados meus olhos voltaram-se para o tempo ido, para o que foi e que as vezes, por algum motivo torpe, ou por alguma fagulha de fogo no meio ao terreno seco, encontra espaço para atordoalhos em mim. Isso não é necessariamente ruim, porque o passado é meu, as experiências são minhas e eu faço delas o que eu bem entender.

O ruim, é quando elas fazem de mim o que bem entendem. Mas eu já deixei claro quem está no comando, até porque, esse passado recente, se torna cada vez mais nebuloso e distinto, presente muito provavelmente só em mim, e daí, nem a arte lhe fornece figurino apropriado, por que não se sabe se haverá algum encontro.

É domingo de manhã bem cedo, dia 7 de setembro de 2008, já estou acordada a algum tempo, já comi, já li um tanto de coisas sobre a história do Goiás, já olhei o passado, mas agora, o presente me aguarda. Vou ir a ele, e fazer dele um aliado, um par, orquestrá-lo, para que assim que ele se tornar o meu novo passado, ser digno de memória e saudades.

Quando eu era criança, os domingos na minha vó eram uma farra, pelo simples fato de ser domingo. Por ser o dia onde uma multidão de gente que se amava e se admirava, se unia ao redor de uma mesa, ao redor de uma mãe. Hoje essa freqüência se desfez, mas a dimiração, o amor e a mãe, permanecem todos no mesmo local. E pensando nisso, o passado volta a valer a pena. Eu volto a ter bases que me deixam segura e que nada e nem ninguém podem abalar, diferente das bases que eu construi por opção, que essas sim, foram lançadas a abaixo por decisão de um só.

Mas isso também não é o fim, é na verdade o começo, meio forçado, mas um começo glorioso, de algo completamente novo, de uma pessoa que da contradição encontra possibilidades diversas, e o que é melhor, se permite trafegar por todas elas. Indo por onde eu nunca pensei ir, e que agora, no presente, nem me imagino voltando atrás.

De repente eu tenho que agradecer ao acaso da vida por ter me lançado fora da vida presível e ter me rachado o coração, isso me fez me descobrir nova, e mais corajosa, mais forte, mais humana, mais mulher. E as pessoas que surgiram nessas lacunas?? tantas!! De tão variados modos e rostos, gostos e labores, cada uma me dando motivos pra seguir adiante.

Não dá pra ficar bem o tempo todo, e nem dá pra ficar o mal o tempo todo também! O tempo é dono da minha vida e eu como pertence dele, me curvo a sua solidez e me dedico a fazer dele a melhor rotina que eu posso percorrer. Que da arte eu ainda possa me valer muitas vezes, porque viajar mal vestida, ninguém merece!!!

Um comentário:

Ryckardo disse...

Eu tbm almoçava domingo com minha vó...
Mas isso se perdeu...

BEIJO

;)